Em 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) listou a poluição do ar e as mudanças climáticas entre as 10 principais ameaças à saúde global. Segundo a organização, a poluição do ar é o maior risco ambiental para a saúde, com nove em cada dez pessoas respirando ar poluído todos os dias, o que ocasiona a morte de 7 milhões de pessoas a cada ano. Atenta à situação, a Federação Farmacêutica Internacional (FIP) lançou na última terça-feira, 07/09, um documento em que chama os farmacêuticos para o enfrentamento a esse problema de dimensões globais.
Além de alertar farmacêuticos, organizações e lideranças sobre a importância de mitigar o impacto da poluição do ar na saúde, a FIP busca a defesa da expansão do papel do farmacêutico e de sua contribuição aos desafios impostos pelas doenças respiratórias crônicas. Escrito em português, o documento foi elaborado pela assessora da Presidência do Conselho Federal de Farmácia (CFF), Josélia Frade, e pela consultora ad hoc da entidade, Mariana Gonzaga. A revisão ficou a cargo do também assessor da Presidência do CFF, Tarcisio José Palhano.
Para a FIP, os farmacêuticos ocupam posição estratégica para o rastreamento de doenças respiratórias, bem como para o acompanhamento dos indivíduos com sinais e sintomas, visando à otimização da farmacoterapia, à educação do paciente, à vacinação e à melhoria dos resultados em saúde.
O documento reitera a importância dos programas de formação em doença respiratória para farmacêuticos, elencando vários conteúdos e sugestões de metodologias educativas que poderão ser utilizadas. “Pesquisa feita com 62 países reforçou a importância da expansão do papel do farmacêutico e dos serviços prestados por esse profissional para o enfrentamento das doenças respiratórias e indicou como uma das principais barreiras a serem enfrentadas a necessidade de treinamento”, comenta Josélia Frade.
Fonte: Comunicação do CFF